O SEGREDO DO MEU IRMÃOZINHO – Parte 8

cozinha e havia colocado na minha mochila.
Trêmulo, levei o cigarro na boca e o deixei
entre os lábios. Tirei um fósforo da caixinha
e tentei acendê-lo. Uma fumaça até saiu

do cigarro, mas quando fui tentar tragar
percebi que o cigarro havia se apagado (eu
não sabia nem mesmo acender a merda de
um cigarro, enquanto Gabriel não só sabia
como fumava com maestria). Acendi outro
fósforo e desta vez o cigarro se manteve
aceso. Tentei dar uma tragada e logo senti
minha garganta queimando e quando

soltei a fumaça — nada de cone, apenas
uma fumaça embaralhada e em pouca
quantidade, eu não sabia mesmo fumar

= comecei a engasgar e a tossir feito um
condenado! Não demorou dois segundos, a
porta do meu quarto se abriu violentamente
e quando olhei, esperava ver meu irmão,
mas vi foi minha mãe, com uma cara como
se tivesse possuída. A boca dela cuspiu
fogo na minha direção:

— Mas que merda é essa? Claudiomar?!
Fumando?! — Dona Elisa gritava comigo,
com todas as forças de seus pulmões
saudáveis — Seu insolente! – Minha mãe
deu um tapa violento no meu braço e meu
sangue ferveu.

= O que diabos mãe? Já sou bem grandinho,
sei o que estou fazendo, mas que porra!

Eu não tenho um dia de paz nessa casa! —
Gritei revoltado. No momento nem mesmo
imaginei o porquê da minha mãe estar em
casa.

— Enquanto você estiver sobre esse teto, o
meu teto, não tem isso de que sabe o que
está fazendo e nem vai gritar palavrões

pra mim não, ouviu Claudiomar? Apague

essa merda e jogue fora! Quero seu quarto
arrumado e sem o cheiro desse maldito
cigarro. — Ela fez uma pausa e neste instante
vi a silhueta de Gabriel se aproximando da
porta do meu quarto. — Igualzinho o seu
maldito pai.

Fiquei sem palavras. Queria sumir dali! Para
piorar, o anjinho Gabriel voltou a filosofar,
igual sempre fazia diante de nossa mãe e de
nossos familiares:

= Fumar faz muito mal Dinho. Estraga

seus pulmões e pode causar uma série

de doenças, inclusive câncer. Tenho uma
professora que fuma e ela vive tossindo e
com falta de ar, coitadinha. Pena que ela não
teve ninguém como a mamãe para ajuda-la.
— E o filhadaputa do anjinho macabro dizia
com uma voz suave como música. O rosto
de nossa mãe se iluminou, como se ela
tivesse acabado de ser abençoada pelas
palavras do Papa.

— Né Gabs? O seu irmão não é ajuizado
como você. — Então ela me olha
severamente e diz: — Queria eu, Claudiomar,
queria eu, que você tivesse metade do

juízo que tem seu irmão. Espero que você
aprenda um dia com ele.

Gabriel assentiu com a cabeça e nossa
mãe, antes de sair do meu quarto, fez um
cafuné em seus cabelos lisos e escorridos,
atrapalhando-os. Apenas encarei Gabriel,
quase o fuzilando, bufando de ódio. Até
que ele sorriu para mim. E não era aquele
sorriso de anjinho, era o sorriso macabro de
devasso.

= Do que tu tá rindo seu moleque? Tenho
cara de palhaço? — Rosnei.

— Coé Dinho, cê tá fazendo isso errado.

— Ele respondeu com um sorriso maroto
estampado no rosto.

= Do que tu tá falando moleque?

Ele virou-se e rapidamente encostou a porta
do meu quarto. Depois voltou a me encarar,
ainda sorrindo, e tirou o cigarro de minha
mão. Se ele não tivesse feito, talvez eu ainda
nem tivesse reparado que a merda estava
acesa e queimando ainda.

— Disso. Cê tá fumando essa porra errada.

— Ele falou rindo. E então, Gabs deu uma
tragada demorada, algo em torno de cinco,
seis segundos, respirou fundo e soltou
aquele cone de fumaça, bem no meu rosto,
como eu havia imaginado minutos atrás.

= Primeiro cê tem que levar a fumaça pra
dentro da boca, abrir os lábios, respirar a
fumaça pra ela ir dá um rolé nos pulmões

e depois cê solta, sacou? — E ele fez
novamente, tragou e liberou aquela fumaça
densa no meu rosto. — Humm… Fraco
demais esse cigarro. E seco. Que porra é
essa? É light? Cigarrinho de mulherzinha
combina bem com você mesmo haha. — Ele
sussurrou e me devolveu o cigarro. Depois
abriu a porta e saiu apressadamente.

Fui atrás dele e ouvi o barulho da porta do
banheiro se batendo e depois se trancando.
Ai percebi que o cigarro estava queimando
ainda e corri de volta ao meu quarto para
apaga-lo, antes que nossa mãe voltasse
até mim. Moleque desgraçado! Maldito dos
infernos aquele anjinho devasso. Fiquei o
esperando na porta do meu quarto e alguns
minutos depois ele saiu do banheiro.

— Estava escovando os dentes. Com
aparelho tenho que manter a boca limpinha,
né? Pode usar o banheiro se quiser Dinho.

Vou almoçar para me preparar para ir para

a escola. — Ele sorriu e piscou ao passar

por mim. E pelo seu cheiro senti que havia
tomado um banho de perfume.

Mesmo que nossa mãe desconfiasse do
seu cheiro, com certeza ele diria alguma
coisa que a convenceria do contrário. Gabs
conseguia ir até contra provas físicas, pois
para nossa mãe, sua palavra valia tudo e o
todo o resto não valia nada.

Apesar de toda a raiva que eu estava
sentindo e que aumentava cada vez mais, eu
também sentia cada vez mais excitação por
Gabriel. Eu estava completamente de quatro
por aquele depravado do meu irmãozinho!
Nossa mãe saiu para trabalhar (naquele dia,
para minha infelicidade, ela havia retornado
a casa na parte da manhã para buscar
alguns documentos — ela trabalhava no
ramo de imobiliária — e agora ia retornar ao
escritório a tarde) e levou Gabs junto, ela ia
deixa-lo na escola. Naquela tarde fiquei só
pensando em Gabs e no quanto eu estava
louco por ele, o quanto eu queria ter com
ele, o que ele tinha com nosso primo no
interior. Mas Gabriel era muito astuto, sujo e
ao contrário de mim, corajoso. Ele tinha todo
mundo na palma das mãos, ele poderia ser
político quando crescesse.

Entrei no quarto de Gabriel. Fiquei
observando seus pôsteres de super-heróis

e suas revistas em quadrinhos — ou melhor,
seus mangás, como ele costumava dizer — e
até mesmo seu porta-lápis, na escrivaninha
do computador, tinha o formato de um
Pokémon. Para todos, Gabriel era aquele
garoto, ligado nestas paradas de desenhos
japoneses e heróis, mas as escondidas ele

curtia bons vícios como cigarro e bebidas
alcoólicas e também uma boa piroca
sacuda enterrada na sua bundinha carnuda.
Meu irmão era muito devasso!

Tentei acessar seu computador, mas havia
uma senha para entrar no Windows, então
não consegui adivinha-la, mesmo fazendo
diversas tentativas. Sentei-me em sua cama
e fiquei ali um tempo, só lembrando de
Gabs fumando mais cedo, soltando aquelas
baforadas longas e densas na minha cara.
Meu pau voltou a subir e o tirei ali mesmo,
começando a me tocar de leve.

Ai eu olhei para o chão e vi um dos tênis de
Gabs. Era um allstars que ele costumava
usar também na escola, além daquele

que ele deveria estar usando. Na hora me
lembrei dele esparramado no sofá, com os
pézões para cima. Os pés de Gabriel era até
bem grandes, ele calçava 40. E tive uma
vontade imensa naquele momento de ter os
pés de Gabriel na minha boca! Não sei de
onde surgiu esse desejo louco, mas fiquei
excitado pra caralho só em imaginar a cena.
Peguei os dois pés do allstars de Gabs e
comecei a cheirá-los. Me embriaguei com
aquele cheiro de chulé — não era forte,

mas tinha aquele cheirinho de morrinha,
delicioso, excitante, devasso como Gabriel
era — e lambi os cantinhos dos tênis.

Tive a bizarra ideia de bater uma punheta
para ele, sentindo o cheiro de uma de suas
cuecas usadas. Corri para a área onde ficava
a máquina de lavar, cômodo próximo do
quartinho de empregadas que usávamos
para guardar tranqueiras velhas, e peguei no
cesto de roupas sujas — as quais nossa mãe
só lavava nos finais de semana — uma de

suas cuecas. Uma cueca branca que tinha
um delicioso cheiro de porra e mijo.

Voltei para o quarto de Gabs, e em sua
cama, cheirando seus tênis e sua cueca suja,
dei uma gozada inacreditável pensando
nele. Nunca antes tinha gozado tanto! A
porra, bem mais líquida, pulou do meu pau e
sujou o chão do quarto. Por sorte não gozei
na roupa de cama e me limpei com aquela
mesma cueca que estava cheirando.

Na hora bateu aquele sentimento de culpa

e frustração. Por pior que fosse Gabriel, ele
era meu irmão, tínhamos o mesmo pai e a
mesma mãe. Aquilo estava errado. Mas… Se
ele podia fazer tudo àquilo com Róbson, que
era seu primo de primeiro grau, por que não
podia fazer comigo, que era seu irmão mais
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Por volta das 20 horas, minha mãe e Gabriel
chegaram em casa juntos. Era dia de curso
de inglês, por isso ela o buscava no local
onde fazia as aulas. O anjinho Gabriel e eu
estávamos na sala, assistindo televisão
juntos, enquanto nossa mãe preparava o
jantar. Aquele era meu castigo, ficar sentado
na sala, longe do computador, por causa do
lance do cigarro mais cedo. Risível e imbecil
este castigo, mas eu não tinha coragem de
enfrentar nossa mãe.

Dona Elisa estava de costas, preparando

a mesa de jantar, enquanto Gabs e eu
estávamos deitados no sofá e com os pés
em cima da mesinha de centro. Minhas
atenções estavam na televisão, quando
senti um dos pés de Gabriel acariciar
minhas pernas. Assustado, puxei a perna e
olhei para ele. O meu irmãozinho devasso
sorria para mim e lambia os beiços, como

Continua…

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